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segunda-feira, 25 de março de 2013

Argonautas

Leiam, Leiam e Leiam

Argonautas
Um novo inimigo surgiu e um grupo de semideuses deverá se unir e lidar com essa nova ameaça, irão trilhar o caminho dos Argonautas, o Cólquida é a última parada. 
Esses semideuses deixarão de lado suas diferenças para defender o Olimpo.
Seu novo inimigo é uma divindade primordial extremamente poderosa, conhecido como o Antigo Céu.
Os heróis estão espalhados pelo mundo, uns são romanos e outros são gregos.
Cada um trilhará seu caminho para descobrir quem são seus pais divinos.
Uns irão ao encontro de Lupa e depois serão enviados para o Acampamento Júpiter, outros serão encontrados pelo seu sátiro e enviados ao Acampamento Meio-Sangue. 
Alguns ainda são muito novos e outros já são experientes.
Uma nova profecia foi descoberta, um antigo barco deverá ser reerguido.
Para ativá-lo eles precisarão recuperar as armas divinas que foram roubadas por aqueles que pareciam derrotados, isso mesmo, os titãs voltaram, agora mais fortes e com desejo de vingança aumentado.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

SPOILER: 5 PRIMEIROS CAPÍTULOS DE A MARCA DE ATENA

                                          A marca de Atena


Até conhecer a estátua explosiva, Annabeth pensava que estava preparada para qualquer coisa.

Ela tinha andado pelo convés do navio de guerra voador deles, o Argo II, verificando e conferindo as balistas para ter certeza de que elas estavam travadas. Ela confirmou que a bandeira branca de  ‘‘Nós viemos em paz’’ estava voando no mastro. Ela revisou o plano com o resto da tripulação – e o plano reserva, e o plano reserva para o plano reserva.

Mais importante, ela se livrou do seu supervisor louco por guerra,  o treinador Gleeson Hedge,  o encorajando a tirar a manhã de folga na sua cabine e assistir as reprises dos campeonatos de MMA. A última coisa que eles precisavam enquanto voavam num navio mágico grego direto para um acampamento romano  potencialmente perigoso era um sátiro de meia idade com roupas de ginástica brandindo uma clava e gritando ‘‘Morram!’’.
   
Tudo parecia estar em ordem. Até mesmo aquele calafrio misterioso que ela vinha sentindo desde que a nave decolara havia sumido, pelo menos naquele momento.  

O navio de guerra desceu através das nuvens, mas Annabeth não conseguia parar de se questionar. E se essa fosse uma péssima ideia? E se os romanos entrassem em pânico e atacassem assim que nos vissem?

O Argo II definitivamente não parecia amigável. 60 metros de comprimento, com um casco de bronze armado com repetidas bestas a bombordo e estibordo, um dragão de metal flamejante como figura de proa e duas balistas giratórias no meio do navio capazes de atirar parafusos explosivos poderosos o suficiente para destruir concreto... bem, não era o transporte mais apropriado para cumprimentar os vizinhos.         
   
Annabeth tentou notificar os romanos. Ela pediu para que Leo mandasse uma de suas invenções especiais – um papiro holográfico – para que alertasse seus amigos dentro do acampamento. Com sorte, a mensagem teria chegado. Leo queria ter pintado uma mensagem gigante no casco – E aí? Com uma carinha feliz – mas Annabeth vetou a idéia. Ela não tinha certeza quanto ao senso de humor dos romanos.

Tarde demais para voltar atrás agora.

As nuvens se dissiparam, revelando o carpete dourado e verde das Oakland Hills abaixo deles. Annabeth segurou um dos escudos de bronze que estavam alinhados na grade lateral a estibordo. 

Seus três colegas de tripulação foram para seus lugares.

No quarterdeck externo, Leo se apressava para todos os lados como um homem louco, checando os medidores e acionando alavancas. A maioria das pessoas teria ficado satisfeita com um volante para o piloto. Leo também tinha instalado um teclado, um monitor, controles de aviação de um jato, aparelho de som e sensores de movimento de um Nintendo Wii. Ele poderia virar o navio puxando uma válvula, disparar armas remixando músicas, ou içar as velas apenas mexendo seu controle Wii. Leo tinha sérios problemas de TDAH.

Piper andava para lá e para cá entre o mastro principal e as balistas, praticando suas falas.

- Abaixem suas armas - ela murmurou. - Nós só queremos conversar.

O poder do charme de Piper era tão poderoso que as palavras passaram por Annabeth, preenchendo-a com um desejo de largar sua adaga e ter uma longa e amistosa conversa.

Para uma filha de Afrodite, Piper se esforçava em esconder sua beleza.  Hoje ela estava vestida com jeans rasgados, tênis desgastados e uma regata branca com desenhos rosa da Hello Kitty. (Talvez como uma piada, apesar de Annabeth nunca  pudesse ter certeza quando o assunto era Piper). Seu cabelo castanho repicado estava numa trança caída para o lado direito com uma pena de águia.

E ainda tinha o namorado de Piper – Jason.  Ele estava numa plataforma elevada na proa, onde os romanos poderiam facilmente reconhecê-lo. Suas articulações estavam brancas aonde seguravam o cabo de sua espada dourada. Mesmo assim, ainda pareceria calmo para um cara que estava se fazendo de alvo.  Sobre seus jeans e sua camisa laranja do Acampamento Meio-Sangue, ele usava uma toga e uma capa roxa – símbolos de seu antigo cargo como pretor. Com seus cabelos loiros despenteados e seus olhos de um azul gélido, ele estava extremamente lindo e aparentava estar com a situação sob controle – exatamente como um filho de Júpiter deveria. Ele havia crescido no Acampamento Júpiter, de modo que, com sorte, seu rosto familiar faria com que os romanos hesitassem em explodir o navio.

Annabeth tentava esconder, mas ela ainda não confiava completamente no cara. Ele era muito perfeito – sempre seguindo as regras, sempre fazendo coisas honráveis. Ele até mesmo tinha uma aparência muito perfeita. No fundo de sua mente, ela tinha um pensamento incômodo:  E se isso fosse uma armadilha e eles nos traísse? E se nós aportarmos no Acampamento Júpiter e ele falar: “E aí, Romanos! Olhem só esses prisioneiros e esse navio legal que eu trouxe para vocês!’’

Annabeth duvidava que isso fosse acontecer. Mesmo assim, ela não conseguia olhar para ele sem ficar com um gosto amargo na boca. Ele tinha feito parte do ‘‘programa de intercâmbio’’ forçado por Hera para apresentar os dois acampamentos.  A deusa mais irritante, rainha do Olimpo, convenceu os outros deuses que seus dois tipos de crianças – romanas e gregas – deveriam se unir para salvar o mundo de Gaia, que estava acordando da terra e que estava acordando seus terríveis filhos, os gigantes.

Sem avisar, Hera pegou Percy Jackson, namorado de Annabeth, apagou sua memória e o mandou para o acampamento romano. Em troca, os gregos receberam Jason. Apesar de Jason não ter culpa, mas toda vez que Annabeth o via, lembrava o quanto ela sentia a falta de Percy.
Percy... que estava em algum lugar abaixo deles agora mesmo.

Oh, deuses. Pânico começou a surgir dentro dela. Ela o repeliu. Não podia se dar esse luxo. 
Eu sou uma filha de Atena, ela disse para si mesma, tenho que continuar com o meu plano e não me distrair.  

Ela sentiu aquilo de novo – aquele calafrio, como se um boneco de neve psicótico estive atrás dela, respirando no seu pescoço. Ele se virou, mas não havia ninguém.



Devem ser os nervos. Mesmo num mundo cheios de deuses e monstros, Annabeth não conseguia acreditar que um novo navio de guerra pudesse estar assombrado. O Argo II era muito bem protegido. Os escudos de bronze celestial colocados nas grades laterais serviam para repelir monstros e, além do mais, o treinador Hedge, seu sátiro a bordo, teria farejado qualquer intruso.

Annabeth gostaria de poder rezar para sua mãe por orientação, mas isso não era possível agora. Não depois do mês passado, quando ela teve aquele terrível encontro com sua mãe, quando ganhara o pior presente de sua vida...

O frio a pressionou de forma mais intensa. Ela pensou ter ouvido uma voz no vento, rindo. Cada músculo do seu corpo ficou tenso. Alguma coisa estava prestes a dar terrivelmente errado.

Ela quase ordenou que Leo mudasse o curso. Então, no vale abaixo, as cornetas soaram. Os romanos tinham visto eles.

Annabeth achou que sabia o que esperar. Jason descreveu para ela o Acampamento Júpiter  detalhadamente. Ainda assim, ela mal conseguia acreditar no que estava vendo. Cercado pelas Oakland Hills, o vale tinha pelo menos o dobro do tamanho do Acampamento Meio Sangue. Um pequeno rio percorria de um dos lados até o outro, quase formando um círculo, até que se fazia uma curva no centro, como a letra G, desembocando num reluzente lago azul.

Exatamente abaixo do navio, aninhado a beira do lago, a cidade de Nova Roma resplandecia a luz do sol. Ela reconhecia alguns lugares que Jason havia falado a respeito – o hipódromo, o coliseu, os templos e parques, o bairro das Sete Colinas com suas ruas sinuosas, casas coloridas e jardins floridos.  

Ela viu evidências da recente batalha dos romanos contra um exército de monstros.A cúpula estava aberta em um prédio que ela supôs ser a Casa do Senado. A ampla praça do fórum estava cheia de crateras. Algumas fontes e estátuas estavam em ruínas.

Dúzias de crianças de toga estavam correndo da Casa do Senado para ter uma melhor visão do Argo II. Mais romanos surgiram das lojas e cafés,  espantados e apontando enquanto no navio descia.

Em torno de um quilômetro a esquerda, onde as cornetas soavam, uma fortaleza romana se estendia  em uma colina. Parecia igual às ilustrações que Annabeth viu em seus livros de História –  com uma trincheira de defesa revestida de espinhos, muros altos e torres de vigilância armadas com balistas. Dentro, fileiras perfeitas de barracas brancas ladeavam a via principal – a Via Principalis.

Uma coluna de semideuses emergiu dos portões, suas armaduras e lanças reluziam enquanto corriam em direção a cidade. No meio deles havia um elefante de guerra de verdade.
Annabeth queria aterrissar  o Argo II antes que suas tropas chegassem, mas o chão ainda estava a vários metros de distância. Ela examinou a multidão, esperando ter algum vislumbre de Percy.

Então algo atrás dela houve um BOOM!

II
ANNABETH
(cliquem no mais informções)
Um mar de semideuses, às pressas, se separou para Annabeth passar, enquanto caminhava através do fórum. Alguns estavam tensos, outros nervosos. Alguns estavam enfaixados devido a recente batalha contra dos gigantes, mas ninguém estava armado. Ninguém atacou.
Famílias inteiras se reuniram para ver os recém-chegados. Annabeth viu casais com bebés, crianças agarrado às pernas dos pais, até mesmo algumas pessoas idosas em uma combinação de roupas romanas e roupas modernas. Seriam todos aqueles semideuses? Annabeth suspeitava que sim, mesmo que ela nunca tivesse visto um lugar como aquele. Se eles sobrevivessem o bastante para se formar no ensino médio, eles poderiam ficar como conselheiros ou poderiam sair e começar a viver da melhor forma possível no mundo mortal. Aqui, era uma comunidade inteira de varias gerações.
No final da multidão, Annabeth viu Tyson, o Ciclope, e o cão infernal de Percy, Sra. O’Leary – que tinha sido o primeira a ser mandada do Acampamento Júpiter do Acampamento Meio-Sangue. Eles pareciam estar de bom humor. Tyson acenou e sorriu. Ele estava vestindo uma bandeira SPQR como um babador gigante.
Alguma parte da mente de Annabeth registrou como a cidade era bonita - o cheiro das padarias, as fontes borbulhantes, as flores desabrochando nos jardins. E a arquitetura... deuses, a arquitetura - as colunas douradas de mármore, mosaicos deslumbrantes, arcos monumentais, e as moradias geminadas¹.
Na frente dela, os semideuses abriram um caminho até uma menina numa armadura Romana completa e uma capa roxa. O cabelo escuro caia sobre seus ombros. Seus olhos eram negros como obsidiana².
Reyna.
Jason tinha descrevido ela bem. Mesmo sem isso, Annabeth a teria escolhido como líder. Medalhas decoravam sua armadura. Ela mostrava-se tão confiante, que os outros semideuses recuavam e desviavam o olhar.
Annabeth reorganizou algo em seu rosto também – Com a boca numa linha rígida e deliberada ela ergueu o queixo como se estivesse pronta para enfrentar qualquer desafio. Reyna forçava um olhar de coragem, enquanto segurava uma mistura de esperança, preocupação e medo que ela não podia mostrar em publico.
Annabeth conhecia aquela expressão. Ela via toda vez que se olhava em um espelho.
As duas se mediram. Os amigos de Annabeth se espalharam em cada lado. Os romanos murmuravam o nome de Jason, olhando para ele com admiração.
Então, alguém apareceu entre a multidão, e a visão de Annabeth nublou.
Percy sorriu – o sorriso sarcástico e encrenqueiro, que a atormentou por anos e que no fim se tornou cativante. Os olhos verdes-mar eram tão convidativos quanto ela se lembrava. Seu cabelo escuro estava jogado para o lado, como se ele tivesse acabado de chegar de uma caminhada da praia. Ele parecia ainda melhor do que há seis meses - Mais bronzeado e mais alto, mais magro e mais musculoso. (Translators: e-e Annabeth sua tarada)
Annabeth estava atordoada demais para se mover. Ela sentia que se chegasse mais perto dele, todas as moléculas em seu corpo iriam entrar em combustão. Ela secretamente tinha uma queda por ele desde que eles tinham 12 anos. No verão passado, ela se apaixonou perdidamente por ele. Eles foram um casal feliz durante quatro meses – e depois ele desapareceu.
Durante a separação, algo havia acontecido com sentimentos de Annabeth. Eles cresceram dolorosa e intensamente, como se ela tivesse sido forçado a se afastar de um medicamento que salva vidas. Agora, ela não tinha certeza do que era mais insuportável - viver com aquela horrível ausência, ou estar com ele novamente.
A pretora, Reyna, se endireitou. Relutantemente, ela se virou para Jason.
“Jason Grace, meu antigo colega” ela falou a palavra ‘colega’ como se fosse algo perigoso. “Eu o recebo em casa. E a esses seus amigos -”.
Annabeth não queria, mas ela avançou. Percy correu em direção a ela, ao mesmo tempo. A multidão ficou tensa. Alguns tentaram pegar espadas que não estavam lá.
Percy jogou os braços ao redor dela. Eles se beijaram, e por um momento nada mais importava. Um asteroide poderia ter atingido o planeta e destruído toda a vida, que Annabeth não teria se importado.
Percy cheirava a brisa marinha. Seus lábios estavam salgados.
Cabeça de Alga ela pensou vertiginosamente.
“Deuses, eu nunca pensei-“
Annabeth agarrou seu pulso e o virou sobre o ombro. Ele caiu de costas no pavimento de pedra. Romanos gritaram. Alguns avançaram, mas Reyna gritou “Parem! Fiquem parados!”
Annabeth colocou o joelho sobre o peito de Percy e o antebraço contra a sua garganta. Ela não se importava com o que os romanos pensavam. Um nó de raiva e preocupação vinha se desenvolvendo desde o último outono.
“Se você me deixar de novo” Disse ela com os olhos ardentes. “Eu juro por todos os deuses...”
Percy teve coragem de rir. De repente, o nó de sentimentos ruins se desfez dentro de Annabeth.
“Considere-me avisado.” Percy disse. “Eu também senti a sua falta.”
Annabeth levantou e o ajudou a se levantar. Ela queria tanto beija-lo novamente, mas conseguiu se conter.
Jason limpou a garganta. “Bem, er... É bom estar de volta”.
 Ele apresentou Reyna a Piper, que parecia um pouco ofendida por não ter chegado a dizer as falas que tinha começado a praticar com Leo, quem em seguida, sorriu e piscou em sinal de paz.
“E essa é Annabeth” Jason disse “Uh... Normalmente ela não cumprimenta as pessoas com golpes de Judô”.
Os olhos de Reyna brilharam. “Você tem certeza de que não é uma Romana, Annabeth? Ou uma Amazona?”
Annabeth não sabia se aquilo era um elogio, mas ela estendeu a mão dela “Eu só ataco meu namorado desse jeito” Ela prometeu “É um prazer conhecer você”.
Reyna apertou sua mão com firmeza. “Parece que temos muito o que discutir. Centuriões! ".
Alguns dos campistas romanos foram para frente, aparentemente os oficiais superiores. Duas crianças apareceram ao lado de Percy, os mesmos Annabeth tinha visto que estava com os braços redor mais cedo. O cara corpulento asiático com o corte militar tinha cerca de 15 anos. Ele era bonito de um jeito urso-panda-fofo-de-grandes-dimensões. A menina era mais jovem, talvez 13, com olhos cor de âmbar e pele de chocolate e longos cabelos crespos. Seu capacete de cavalaria estava enfiado debaixo do braço.
Annabeth poderia dizer através da linguagem corporal que eles eram próximos de Percy. Eles estavam ao lado dele protetoramente, como se tivessem compartilhado varias aventuras juntos. Ela lutou contra uma pontada de ciúmes. Seria possível que Percy e essa garota... não. A química entre eles não era desse jeito. Annabeth passou sua inteira aprendendo como ler pessoas. Era uma habilidade de sobrevivência. Se ela tivesse que apostar, o garoto Asiático grandalhão era o namorado da garota, e ela suspeitava que eles não estavam juntos por muito tempo.
Só havia uma coisa que ela não entendia: O que a garota estava olhando? Ela franzia a testa na direção de Piper e Léo, como se reconhecesse um deles e a memoria fosse dolorosa.
Enquanto isso, Reyna estava dando ordens para seus subordinados. “... diga para a Legião se retirar. Dakota, alerte os espíritos na cozinha. Diga para eles prepararem um banquete de boas vindas. E, Octavian...”
“Você está deixando esses intrusos entrarem no Acampamento?” Um garoto alto com um cabelo loiro pegajoso abriu caminho para frente “Reyna, os riscos de segurança – “.
“Nos não estamos falando do Acampamento, Octavian” Reyna lhe lançou um olhar severo. “Nós vamos comer aqui, no Fórum”.
“Oh, muito melhor” Octavian resmungou. Ele parecia ser o único que não reconhecia Reyna como sua superior, mesmo ele sendo magricela e pálido e por uma estranha razão ter três ursinhos de pelúcia pendurados em seu cinto. “Você quer que a gente relaxe na sombra do navio de guerra deles.”
“Eles são nossos convidados” Reyna cortou cada palavra. “Nós vamos recebe-los e vamos conversar com eles. Como áugure, você deve queimar uma oferenda aos deuses por nos trazer Jason em segurança.”
“Boa ideia” Percy concordou “Vá queimar seus ursos, Octavian.”
Reyna pereceu conter um sorriso. “Você tem as minhas ordens. Vá.”
Os oficiais se dissiparam. Octavian lançou para Percy um olhar de pura repugnância. Então ele olhou para Annabeth com um olhar suspeito e depois saiu.
Percy entrelaçou sua mão junto com a de Annabeth. “Não se preocupe com Octavian” ele disse. “A maioria dos Romanos são gente boa – como Frank e Hazel aqui, e Reyna. Nós ficaremos bem.”
Annabeth sentiu como se alguém tivesse colocado um pano frio em seu pescoço. Ela ouviu aquela risada sussurrando novamente, como se a presença a tivesse seguido do barco.
Ela olhou para Argo II. Seu casco enorme de bronze maciço reluzia na luz do sol. Parte dela queria agarrar Percy, subir a bordo, e sair dali enquanto eles ainda podiam.
Ela não conseguiu espantar o sentimento de que alguma coisa iria dar errado. E de maneira nenhuma ela arriscaria perder Percy novamente.
“Nós vamos ficar bem” Ela repetiu, tentando acredita nisso.
“Excelente,” Reyna disse. Ela se virou para Jason, e Annabeth achou que havia uma espécie de brilho voraz em seus olhos. “Vamos conversar, e nós poderemos ter uma reunião adequada.”
Annabeth desejou estar com fome. Por que os Romanos sabiam como dar um banquete.
Conjuntos de sofás e mesas baixas foram levadas para o fórum que se assemelhava a uma sala de demonstração de moveis. Romanos descansavam em grupos de dez ou vinte pessoas, conversando e rindo enquanto espíritos de vento - aurae - rodopiavam sobre suas cabeças, trazendo uma variedade infinita de pizzas, sanduíches, batatas fritas, refrigerantes e biscoitos recém-assados. Flutuando no meio da multidão estavam fantasmas roxos – Lares – em toas e armaduras legionárias. Em torno das bordas da festa, sátiros (não, faunos, Annabeth pensou) trotavam de mesa em mesa, pedindo comida e trocados. Nos campos próximos, o elefante de guerra brincava com a Sra. O'Leary, e as crianças brincavam ao redor das estátuas de Término que se alinhavam nos limites da cidade.

A cena toda era tão familiar e tão completamente estranha ao mesmo tempo, que Annabeth teve uma vertigem.

Tudo o que ela queria fazer era estar com Percy, de preferência sozinho. Ela sabia que teria que esperar. Se sua busca tivesse sucesso, eles precisariam destes romanos, o que significava que tinham que conhecê-los para construir uma aliança.
Reyna e alguns de seus oficiais (incluindo o garoto loiro, Octavian, que tinha voltado recentemente da queima de um ursinho de pelúcia para os deuses) sentaram-se com Annabeth e sua equipe. Percy se juntou a eles com seus dois novos amigos, Frank e Hazel.
Como um furacão de comida colocado em cima da mesa, Percy inclinou-se e sussurrou: "Eu quero mostrar-lhe os arredores de Nova Roma. Só você e eu. O lugar é incrível."
Annabeth deveria se sentir emocionada. Só você e eu era exatamente o que ela queria. Em vez disso, o ressentimento cresceu em sua garganta. Como Percy poderia falar com tanto entusiasmo sobre esse lugar? E o Acampamento Meio-Sangue - o seu acampamento, a sua casa?
Ela tentou não olhar para as novas marcas no antebraço de Percy - uma tatuagem SPQR como a de Jason. No Acampamento Meio-Sangue, semideuses ganhavam colares de contas para comemorar anos de treinamento. Aqui, os romanos queimavam uma tatuagem em sua carne, como se dissesse: Você pertence a nós. Permanentemente.
Ela engoliu alguns comentários mordazes. "Tudo bem. Claro."
"Eu estive pensando", disse ele nervosamente. "Eu tive essa ideia"
Ele parou quando Reyna chamado um brinde à amizade.
Depois das de todas as apresentações, os romanos e tripulação de Annabeth começaram a trocar histórias. Jason explicou como ele tinha chegado no Acampamento Meio-Sangue sem sua memória, e como ele tinha ido em uma missão com Piper e Leo para resgatar a deusa Hera (ou Juno, faça a sua escolha, ela era igualmente irritante em grego ou romano) da prisão na Casa dos Lobos, no norte da Califórnia.
"Impossível!" Octavian interrompeu: "Esse é o nosso lugar mais sagrado. Se os gigantes haviam aprisionado uma deusa lá-”.
"Eles a teriam destruído," Piper disse. "E colocado à culpa nos gregos, e começado uma guerra entre os acampamentos. Agora, fique quieto e deixe Jason terminar.”
Octavian abriu a boca, mas nenhum som saiu. Annabeth realmente amava Charme de Piper. Ela notou Reyna olhando entre Jason e Piper, com a testa franzida, como se tivesse começando a perceber que os dois eram um casal.
“Então” Jason continuou “Foi assim que nós descobrimos sobre a deusa da terra Gaia. Ela ainda está meio adormecida. Mas ela é a única que está libertando monstros do Tártaro e reerguendo os Gigantes. Porfírio, o cara com quem nós lutamos na Casa dos Lobos, disse que estava indo para as terras ancestrais – na própria Grécia. Ele planeja despertar Gaia e destruir os deuses por... O que ele disse? Diretamente em suas raízes”.
Percy assentiu pensativamente. “Gaia tem estado ocupada aqui, também. Nós tivemos o nosso próprio encontro com a Rainha do Rosto Sujo”.
Percy contou o seu lado da historia. Ele falou sobre como acordou na Casa dos Lobos sem memoria exceto por um nome – Annabeth.
Quando ela ouviu isso, Annabeth tentou muito não chorar. Percy contou como ele viajou para o Alasca, junto com Frank e Hazel – como eles derrotaram o gigante, Alcioneu, libertaram o deus da morte Tânatos e retornaram com o estandarte da águia dourada perdida para o acampamento romano para repelir o ataque do exercito do gigante.
Quando Percy terminou, Jason assoviou impressionado. “Não me admira que você se tornou Pretor”.
Octavian bufou. “O que significa que agora nos temos três pretores! As regras claramente dizem que só podemos ter dois!”
“Olhe pelo lado bom” Percy disse, “ambos, Jason e eu, somos seus superiores, Octavian. Então nós dois podemos mandar você calar a boca”.
Octavian se virou, roxo como a camiseta Romana. Jason e Percy tocaram os punhos num soco (Translators: O famoso toque).
Mesmo Reyna conseguiu esboçar um sorriso, embora seus olhos estivessem tempestuosos. 
“Nós vamos ter que resolver o problema do pretor extra mais tarde” disse ela “Neste momento, nós temos problemas mais sérios para tratar."
"Eu vou devolver o cargo para Jason," Percy disse facilmente. "Ele não é nada demais"
"Nada demais?" Octavian engasgou. "A pretoria de Roma não é nada demais?"
Percy ignorou e virou-se para Jason. "Você é Irmão Thalia Grace, hein? Uau. Vocês não são nada parecidos.".
"Sim, eu sei", disse Jason. "De qualquer forma, obrigado por ajudar meu acampamento enquanto eu estava fora. Você fez um ótimo trabalho.”
"O mesmo com você", disse Percy.
Annabeth chutou sua canela. Ela odiava a interromper o nascimento de uma amizade, mas Reyna estava certa: eles tinham coisas sérias para discutir. "Devemos falar sobre a Grande Profecia. Parece que os romanos estão conscientes dela também?”
Reyna acenou com a cabeça. "Nós a chamamos a Profecia dos Sete. Octavian, você a tem na memoria?”
"É claro", disse ele. "Mas, Reyna -"
"Recite, por favor. Em Inglês, não em Latim".
Otaviano suspirou. "Sete meio-sangues atenderão o chamado. Em tempestade ou fogo, o mundo terá acabado-"
"Um juramento a manter com um alento final," Annabeth continuou. "E inimigos com armas às Portas da Morte, afinal".
Todo mundo olhou para ela, com exceção de Leo, que tinha construído um cata-vento com as embalagens de alumínio de taco, e estava furando-o para dar passagem para os espíritos de vento. Annabeth não sabia por que ela deixou escapar as linhas da profecia. Ela tinha se sentido obrigada.
O grande garoto, Frank, sentou-se na frente, olhando para ela com fascinação, como se tivesse crescido um terceiro olho nela. "É verdade você é uma filha de Min - Quer dizer, Atena?"
"Sim", disse ela, de repente entrando na defensiva. "Por que é que uma grande surpresa?"
Octavian zombou. "Se você é realmente uma filha da deusa da sabedoria -"
"Chega", Reyna estalou. "Annabeth é o que ela diz. Ela está aqui em paz. Além disso...” Ela deu, relutante, um olhar respeitoso à Annabeth. "Percy tem falado muito bem de você." 
O tom de voz Reyna deu Annabeth um momento para pensar. Percy olhou para baixo, de repente interessado em seu cheeseburger.
O rosto de Annabeth estava quente. Oh, deuses... Reyna tentará dar em cima de Percy. Isso explica o tom de amargura, talvez até mesmo inveja, em suas palavras. E Percy a rejeitou por causa de Annabeth.
Naquele momento, Annabeth perdoou o ridículo namorado por tudo que ele já tinha feito de errado. Ela queria jogar os braços ao redor dele, mas ela ordenou a si mesma para ficar calma.
"Uh, obrigado", disse para Reyna. "De qualquer forma, alguns dos versos da profecia estão se tornando claros. E inimigos com armas às Portas da Morte, afinal... Isso significa que os romanos e gregos. Temos que unir forças para encontrar essas portas.”
Hazel, a garota com o capacete cavalaria e longos cabelos encaracolados, pegou algo ao lado de seu prato. Ele parecia um rubi grande, mas antes de Annabeth poderia ter certeza, Hazel colocou-o no bolso da sua jaqueta jeans.
"Meu irmão, Nico, foi procurar as portas", disse ela.
"Espere," disse Annabeth. "Nico di Angelo? Ele é seu irmão?"
Hazel balançou a cabeça como se fosse óbvio. Uma dúzia de perguntas lotou ainda mais a cabeça Annabeth, mas ela já estava girando como o cata-vento de Leo. Ela decidiu deixar o assunto ir. "Tudo bem. Você estava dizendo?"
"Ele desapareceu." Hazel umedeceu os lábios. "Eu estou com medo... Eu não tenho certeza, mas acho que algo aconteceu com ele."
"Nós vamos procurar por ele," Percy prometeu. "Temos de encontrar as Portas da Morte de qualquer forma. Tânatos nos disse que nos vamos encontrar ambas as respostas em Roma – digo, a Roma original. Que está no caminho da Grécia, certo? "
"Tânatos lhe disse isso?" Annabeth tentou focar sua mente ao redor dessa ideia. "O deus da morte?"
Ela conheceu muitos deuses. Ela tinha ido até ao submundo, mas essa história de Percy sobre libertar a encarnação da própria morte a assustou realmente.
Percy deu uma mordida no seu hambúrguer. "Agora que a morte é livre, os monstros vão se desintegrar e voltar para o Tártaro como antigamente. Mas, enquanto as Portas da Morte estiverem abertas, eles vão apenas continuar a voltar."
Piper torcida a pena em seu cabelo. "Como a água vazando através de uma represa", sugeriu ela.
"Sim". Percy sorriu. "Nós temos um buraco na barragem".
"O que?" Piper perguntou.
"Nada", disse ele. "Piada interna. O ponto é que vamos ter de encontrar as portas e fechá-las antes de nós irmos para a Grécia. É a única maneira de termos uma chance de derrotar os gigantes e ter certeza que eles fiquem derrotados.”
Reyna pegou uma maçã de uma bandeja de frutas de passagem. Ela virou-se em seus dedos, estudando a superfície vermelho escuro. "Você propõe uma expedição para a Grécia em seu navio de guerra. Você percebe que as antigas terras – e o Mare Nostrum – são perigosos?”
"Maria quem?" Leo perguntou.
"Mare Nostrum", explicou Jason. "Nosso mar. É o que os romanos antigos chamaram o Mediterrâneo ".
Reyna acenou com a cabeça. "O território que já foi o Império Romano não é apenas o local de nascimento dos deuses. É também o lar ancestral dos monstros, Titãs e gigantes ... e coisas piores. Tão perigosa como uma viagem é para semideuses aqui na América, só que dez vezes pior. "
"Você disse que o Alasca seria ruim," Percy lembrou. "Nós sobrevivemos a isso."
Reyna sacudiu a cabeça. Suas unhas cortaram pequenas luas-crescentes na maçã conforme ela a girou. "Percy, viajar no Mediterrâneo é um nível completamente diferente de perigo. Tem sido fora dos limites para os semideuses romanos por séculos. Nenhum herói no seu juízo perfeito iria para lá."
"Então, estamos bem!" Leo sorriu por cima de seu cata-vento. "Porque nós somos todos loucos, certo? Além disso, o Argo II é um navio de guerra top-de-linha. Ele vai nos levar até lá."
"Nós temos que nos apressar", Jason acrescentou. "Eu não sei exatamente o que os gigantes estão planejando, mas Gaia está ganhando mais consciência o tempo todo. Ela está invadindo sonhos, aparecendo em lugares estranhos, convocando mais e mais poderosos monstros. Temos que parar os gigantes antes que possam acordá-la completamente.”
Annabeth estremeceu. Ela teve sua própria quota de pesadelos recentemente.
"Sete meio-sangues devem atender o chamado," ela disse. "Ela precisa ser uma mistura de ambos dos nossos acampamentos. Jason, Piper, Leo, e eu. Somos quatro. "
"E eu," Percy disse. "Junto com Hazel e Frank. Completamos os sete.”
"O que?" Octavian olhou para os seus pés. "Nós apenas deveríamos aceitar isso? Sem votação no Senado? Sem um debate adequado? Sem-"
"Percy!" Tyson o Ciclope o chamou com a Sra. O'Leary em seu encalço. Nas costas do cão infernal estava a harpia mais estranha que Annabeth já tinha visto - uma garota de aspecto doentio com um cabelo vermelho pegajoso, um vestido de aniagem e asas de penas vermelhas.
Annabeth não sabia da onde tinha vindo à harpia. Mas seu coração se alegrou por ver Tyson em sua camiseta de flanela esfarrapada e com a bandeira com SPQR para trás de seu peito. Ela teve algumas experiências ruins com ciclopes, mas Tyson era um amor. Ele também era meio irmão de Percy (longa história), o que fez dele quase como da família.
Tyson parou no sofá e apertou suas mãos carnudas. Seu grande olho castanho estava cheio de preocupação. "Ella está com medo", ele disse
“S-s-sem mais barcos", a harpia murmurou para si mesma, mexendo furiosamente em suas penas. “Titanic, Lusitania, Pax... Barcos ruins para harpias.” 
Leo estreitou os olhos. Ele olhou para Hazel, que estava sentado ao lado dele. "Será que essa garota-galinha acabou de comparar meu navio com Titanic?"
"Ela não é uma galinha." Hazel desviou os olhos, como se Leo a deixa-se nervosa. "Ella é uma harpia. Ela é apenas um pouco ... nervosa."
"Ella é bonita", disse Tyson. "E está com medo. Precisamos levá-la embora, mas ela não vai a bordo do navio."
"Não há navios", Ella repetiu. Ela olhou diretamente para Annabeth. "Má sorte. Lá está ela. A filha da sabedoria caminha sozinha"
"Ella" Frank levantou de repente. "Talvez não seja o melhor momento"
"A Marca de Atena queima por Roma," Ella continuou, colocando as mãos sobre os ouvidos e levantando a voz. "Gêmeos ceifarão a respiração do anjo, que detém a chave para a morte sem fim. A Maldição dos Gigantes destaca ouro e pálido, ganha através da dor de uma prisão de tecido. "
O efeito era como se alguém deixar cair uma granada de flash em cima da mesa. Todos olharam para a harpia. Ninguém falou. O coração de Annabeth batia. A Marca de Atena... Ela resistiu ao impulso de verificar seu bolso, mas ela podia sentir a moeda de prata ficando mais quente – o presente maldiçoado de sua mãe. Siga a Marca de Atena. E me faça justiça.
Ao redor deles, os sons da festa continuaram, mas mudo e distante, como se o seu pequeno grupo de sofás tinha deslizado em uma silenciosa dimensão.
Percy foi o primeiro a se recuperar. Ele se levantou e pegou o braço de Tyson.
"Eu sei", ele disse com entusiasmo fingido. "Que tal você levar Ella para ter um pouco de ar fresco? Você e Sra. O'Leary "
"Espere". Octavian agarrou um de seus ursos de pelúcia, estrangulando-o com as mãos trêmulas. Seus olhos fixos em Ella. "O que foi que ela disse? Parecia -"
"Ella lê muito", Frank deixou escapar. "Nós a encontramos em uma biblioteca."
"Sim!" Disse Hazel. "Provavelmente apenas algo que leu em um livro."
"Livros", Ella murmurou ajudar. "Ella gosta de livros."
Agora que ela disse aquilo, a harpia parecia mais relaxada. Ela se sentou de pernas cruzadas nas costas da Sra. O'Leary, mexendo em suas asas.
Annabeth deu a Percy um olhar curioso. Obviamente, ele e Frank e Hazel estavam escondendo alguma coisa. Assim como, obviamente, Ella recitou uma profecia - uma profecia que dizia respeito a ela.
A expressão de Percy dizia Ajuda!
"Isso foi uma profecia", Octavian insistiu. "Parecia uma profecia."
Ninguém respondeu. Annabeth não tinha certeza do que estava acontecendo, mas ela entendeu que Percy estava à beira de um grande problema.
Ela forçou uma risada. "Realmente, Octavian? Talvez as harpias sejam diferentes aqui, do lado romano. As nossas têm inteligência suficiente para limpar os chalés e cozinhar o almoço. As sua normalmente preveem o futuro? Você as consulta para os seus presságios?”
Suas palavras tiveram o efeito pretendido. Os oficiais romanos riram nervosamente. Alguns olharam para Ella, então para Octavian e bufaram. A ideia de uma garota-galinha recitando profecias era aparentemente tão ridícula para os romanos como era para os gregos.
"Eu, uh ..." Octavian deixou cair seu ursinho de pelúcia. "Não, mas -" 
"Ela só está dizendo linhas de algum livro," Annabeth disse, "como Hazel sugeriu. Além disso, já temos uma verdadeira profecia para nos preocuparmos. "
Ela se virou para Tyson. "Percy está certo. Por que você não leva Ella e Sra. O'Leary numa viagem nas sombras para algum lugar por algum tempo. Ella concorda com isso?”
"'Cães de grande porte são bons", disse Ella. "Velha Yeller, 1957, roteiro escrito por Fred Gipson e Tunberg William."
Annabeth não tinha certeza de como levar essa resposta, mas Percy sorriu conforme o problema foi resolvido.
"Ótimo!" Percy disse. "Nós vamos enviar uma mensagem de Íris para vocês quando terminarmos e pegamos você mais tarde."
Os romanos olharam para Reyna, à espera de seu veredicto.
Annabeth prendeu a respiração.
Reyna tinha uma cara de pôquer excelente. Ela estudou Ella, mas Annabeth não podia adivinhar o que ela estava pensando.
"Tudo bem", disse a pretora "vão".
"Yay!" Tyson foi aos sofás e deu um grande abraço em todos, até mesmo em Octavian, que não parecia feliz com isso. Então ele subiu nas costas da Sra. O'Leary com Ella, e o cão infernal correu para fora do fórum. Eles mergulharam em uma sombra na parede do Senado e desapareceram.
"Bem". Reyna largou a maçã não comida. "Octavian está certo sobre uma coisa. Temos de ganhar a aprovação do Senado antes de deixar qualquer um de nossos legionários ir a uma missão - especialmente uma tão perigoso como você está sugerindo ".
"Essa coisa toda cheira a traição", Octavian resmungou. "Isso é um trirreme não é um navio de paz!"
"Suba a bordo, cara," Leo ofereceu. "Eu vou te levo em uma turnê. Você pode dirigir o barco, e se você for realmente bom eu vou dar-lhe um pequeno chapéu de capitão de papel para vestir”.
As narinas de Octavian dilataram "Como você se atreve -“
"É uma boa ideia", disse Reyna. "Octavian, vá com ele. Veja o navio. Vamos convocar uma reunião do senado em uma hora."
"Mas..." Octavian parou. Aparentemente, ele poderia dizer pela expressão de Reyna que discutir mais não seria bom para a sua saúde. "Tudo bem."
Leo se levantou. Ele se virou para Annabeth, e seu sorriso mudou. Aconteceu tão rápido, Annabeth pensou que ela tinha imaginado, mas apenas por um momento alguém parecia estar no lugar de Leo, sorrindo friamente com uma luz cruel em seus olhos. Então Annabeth piscou, e Leo voltou ao normal, o antigo Leo, com seu habitual sorriso travesso.
"Voltaremos em breve", prometeu. "Isso vai ser épico."
Um frio terrível caiu sobre ela. Como Leo e Octavian se dirigiram para a escada de corda, pensou em chamá-los de volta, mas como ela poderia explicar isso? Dizer a todos que ela estava ficando louca, vendo coisas e sentindo arrepios?
Os espíritos do vento começaram a limpar as mesas.
"Uh, Reyna," Jason disse, "se você não se importa, eu gostaria levar Piper para dar uma volta. Ela nunca viu Nova Roma”.
A expressão de Reyna endureceu.
Annabeth se perguntou como Jason poderia ser tão cego. Seria possível que ele realmente não entendia o quanto Reyna gostava dele? Era óbvio o suficiente para Annabeth. Pedindo a Reyna para mostrar a cidade a sua nova namorada ele estaria esfregando sal na ferida.
"É claro", Reyna disse friamente.
Percy pegou a mão de Annabeth. "Sim, eu também. Eu gostaria de mostrar a Annabeth"
"Não", retrucou Reyna.
Percy franziu as sobrancelhas. "Desculpe?"
"Eu gostaria de trocar algumas palavras com Annabeth," disse Reyna. "Sozinho. Se você não se importa, meu companheiro pretor".
Seu tom de voz deixou claro que ela não estava realmente pedindo permissão.
O frio se espalhou pelas costas de Annabeth. Ela perguntou o que Reyna queria. Talvez a pretora não gostasse da ideia de dois caras que a tinham rejeitado a dar seus passeios com suas namoradas pela sua cidade. Ou talvez houvesse algo que ela queria dizer em particular. De qualquer maneira, Annabeth estava relutante em ficar sozinho e desarmado com a líder romana.
"Venha, filha de Atena". Reyna se levantou de seu sofá. "Caminhe comigo."
Annabeth queria odiar Nova Roma. Mas, como uma aspirante a arquiteta, ela não podia deixar de admirar os jardins em terraços, as fontes e os templos, as moradias sinuosas, ruas de paralelepípedos brilhantes e brancos. Depois da Guerra dos Titãs no do verão passado, ela conseguiu seu emprego dos sonhos de redesenhar os palácios do Monte Olimpo. Agora, caminhando por esta cidade em miniatura, ela ficava pensando, eu deveria ter feito uma cúpula como essa. Eu amo o modo como essas colunas levam ao pátio. Quem projetou Nova Roma tinha claramente despejou um monte de tempo e amor para o projeto.

"Temos os melhores arquitetos e construtores de todo o mundo", disse Reyna, como se lesse seus pensamentos. "Roma sempre teve, nos tempos antigos. Muitos semideuses ficam e começam a viver aqui depois de seu tempo na legião. Eles vão para a nossa universidade. Eles se estabelecem e constroem família. Percy parecia interessado neste fato.”
Annabeth perguntou o que aquilo significava. Ela deve ter feito uma careta mais forte do que ela percebeu, porque Reyna riu.
"Você é uma guerreira, tudo bem", disse a pretora. "Você tem fogo em seus olhos."
"Sinto muito." Annabeth tentou baixar o tom do brilho.
"Não seja. Eu sou a filha de Belona.”
"Deusa romana da guerra?"
Reyna acenou com a cabeça. Ela virou-se e assobiou como se estivesse chamando um táxi. Um momento depois, dois cães de metal correram em direção a eles - autômatos, um de prata e um de ouro. Eles roçaram pernas Reyna e considerado Annabeth com olhos de rubi brilhante.
"Meus animais de estimação", explicou Reyna. "Aurum e Argentum. Você não se importa se eles andarem com a gente, não é?!"
Mais uma vez, Annabeth teve a sensação de que não era realmente um pedido. Ela observou que os cachorros tinham dentes como pontas de flechas de aço. Talvez armas não fossem permitidas dentro da cidade, mas os animais de estimação de Reyna ainda poderiam fazê-la em pedaços, se eles quisessem.
Reyna a levou a um café ao ar livre, onde o garçom claramente a conhecia. Ele sorriu e estendeu-lhe um copo, então, ofereceu um para Annabeth.
"Você quer um pouco?" Reyna perguntou. "Eles fazem o chocolate quente maravilhoso. Não é realmente uma bebida romana -"
"Mas o chocolate é universal", Annabeth disse.
"Exatamente".
Era uma tarde quente de junho, mas Annabeth aceitou a xícara como agradecimentos. As duas caminhavam, os cães de ouro e de prata de Reyna as seguiam nas proximidades.
“No nosso acampamento.”, disse Reyna, "Atena é Minerva. Você tem conhecimento que a forma romana dela é diferente?"
Annabeth realmente não tinha considerado antes. Lembrou-se da maneira Término tinha chamado Athena de aquela deusa, como se ela fosse escandalosa. Octavian tinha agido como se existência de Annabeth fosse um insulto.
"Eu presumo que Minerva não é... uh, muito respeitada aqui, certo?"
Reyna assoprou o vapor de sua xícara. "Nós respeitamos Minerva. Ela é a deusa da sabedoria e artesanato... mas ela não é realmente uma deusa da guerra. Não para os romanos. Ela também é uma deusa donzela, como Diana... que vocês chamam de Ártemis. Você não vai encontrar nenhum filho de Minerva aqui. A ideia de que Minerva teria filhos - francamente, é um pouco chocante para nós."
"Oh". Annabeth sentiu seu rosto corar. Ela não queria entrar em detalhes sobre os filhos de Atena, como eles nascem diretamente da mente da deusa, assim como Atena que saiu da cabeça de Zeus. Falar isso sempre fazia Annabeth se sentir como se ela fosse algum tipo de aberração. As pessoas costumavam lhe perguntar se ela não tinha um umbigo barriga, já que ela tinha nascido magicamente. É claro que ela tinha um umbigo. Ela não conseguia explicar como. Ela realmente não queria saber.
"Eu entendo que você gregos não veem as coisas da mesma maneira", Reyna continuou. "Mas os romanos levam os votos de virgindade muito a sério. As Virgens Vestais, por exemplo... se eles quebrassem seus votos e se apaixonassem por qualquer um, elas seriam enterradas vivas. Então, a ideia de que uma deusa donzela possa ter filhos –“
"Entendi". O chocolate quente de Annabeth de repente tinha gosto de poeira. Não admira que os romanos tivessem lhe dado olhares estranhos. "Eu não deveria existir. E mesmo que em seu acampamento tivesse filhos de Minerva -"
"Eles não seriam como você", disse Reyna. "Eles poderiam ser artesãos, artistas, talvez conselheiros, mas não guerreiros. Nem os líderes de missões perigosas.”
Annabeth começou a entender que ela não era a líder da missão. Não oficialmente. Mas ela se perguntou se seus amigos sobre o Argo II concordariam. Nos últimos dias, tinham olhado pra ela a busca de ordens - mesmo Jason, que poderia ter pegado posição como filho de Júpiter, e Treinador Hedge, que não recebia ordens de ninguém.
"Não há mais". Reyna estalou os dedos, e seu cão dourado, Aurum, trotou. A pretora acariciou suas orelhas. "Ella, a harpia... era uma profecia que ela falou. Nós duas sabemos disso, não é?"
Annabeth engoliu em seco. Algo sobre os olhos de rubi Aurum a fazia ficar desconfortável. Ela tinha ouvido falar que os cães podem sentir o medo, até mesmo detectar mudanças na respiração e nos batimentos cardíacos de um ser humano. Ela não sabia se isso aplicava a cães de metais mágicos, mas ela decidiu que seria melhor dizer a verdade.
"Parecia uma profecia", ela admitiu. "Mas eu nunca conheci Ella antes de hoje, e eu nunca ouvi essas linhas exatamente."
"Eu conheço", Reyna murmurou. "Pelo menos algumas delas -"
A poucos metros de distância, o cão prata latiu. Um grupo de crianças saiu de um beco nas proximidades e se reuniram em torno Argentum, acariciando o cão e rindo, sem se abalar com os seus dentes afiados.
"Devemos seguir em frente", disse Reyna.
Fizeram seu caminho até a colina. Os cães as seguiram, deixando as crianças para trás. Annabeth olhava para a cara de Reyna. Uma vaga lembrança começou a tomar conta dela - do jeito Reyna colocou o cabelo atrás da orelha, o anel de prata que ela usava com o desenho de uma tocha e uma espada.
"Nós já nos conhecemos antes," Annabeth arriscou. "Você era mais jovem, eu acho."
Reyna deu um sorriso seco. "Muito bom. Percy não se lembra de mim. É claro que você falou principalmente com a minha irmã mais velha, Hylla, que agora é a rainha das amazonas. Ela foi embora esta manhã, antes de você chegar. De qualquer forma, quando nos encontramos pela última vez, eu era uma mera serviçal na casa de Circe".
"Circe,.." Annabeth se lembrou de sua viagem para a ilha da feiticeira. Ela tinha treze anos. Percy e ela tinham chegado lá pelo Mar de Monstros. Hylla os tinha recebido. Ela ajudou Annabeth se limpar e havia dado a ela um belo vestido novo e uma reforma completa. Então Circe tinha feito seu discurso de vendas: se Annabeth se hospedasse na ilha, ela poderia ter treinamento mágico e incrível poder. Annabeth tinha sido tentada, talvez apenas um pouco, até que ela percebeu que o lugar era uma armadilha, e Percy tinha sido transformado em um roedor. (Essa última parte parecia engraçada depois, mas, no momento, tinha sido terrível.) Quanto a Reyna... ela tinha sido uma das servas que tinham penteado o cabelo de Annabeth.
"Você ..." Annabeth disse com espanto. "E Hylla é rainha das Amazonas? Como é que vocês duas - ?"
"É uma longa história", disse Reyna. "Mas eu me lembro de bem. Você foi corajosa. Eu nunca tinha visto alguém recusar a hospitalidade de Circe, muito menos engana-la. Não é nenhum milagre Percy se importar com você."
Sua voz era melancólica. Annabeth pensou que poderia ser mais seguro não responder. Elas chegaram ao topo do morro, onde havia um terraço com vista para todo o vale.
“Este é o meu lugar favorito,” disse Reyna “O Jardim de Baco.”
Treliças com videiras criavam o dossel. As abelhas zumbiam através de madressilva e jasmim, que enchiam o ar da tarde com uma mistura estonteante de perfumes. No meio do terraço havia uma estátua de Baco em uma espécie de posição de balé, vestindo apenas uma tanga, suas bochechas estufadas e lábios franzidos, jorrando água em uma fonte.
Apesar de suas preocupações, Annabeth quase riu. Ela conhecia o deus em sua forma grega, Dionísio ou Sr. D, como era chamado no Acampamento Meio-Sangue. Ver seu diretor carrancudo de acampamento imortalizado numa estatua, usando uma fralda e água saindo de sua boca, fez sentir-se um pouco melhor.
Reyna parou na beira do terraço. A vista tinha valido a pena a subida. A cidade inteira espalhada abaixo delas como um mosaico 3-D. Ao sul, além do lago, um conjunto de templos no cimo de uma colina. Ao norte, um aqueduto marchava em direção a Berkeley Hills. Um grupo de trabalhadores reparava uma parte quebrada, provavelmente danificada na batalha recente.
"Eu queria ouvir isso de você", disse Reyna.
Annabeth se virou. "Ouvir o que de mim?"
"A verdade", disse Reyna. "Convença-me que eu não sou cometendo um erro ao confiar em você. Conte-me sobre si mesma. Conte-me sobre o Acampamento Meio-Sangue. Sua amiga Piper tem magia em suas palavras. Passei tempo suficiente com Circe saber sobre o charme quando ouço isso. Eu não posso confiar no que ela diz. E Jason... bem, ele mudou. Ele parece distante já não muito romano."
A dor em sua voz era tão acentuada como vidro quebrado. Annabeth perguntou se ela tinha soado assim, todos os meses que ela havia gasto na procura de Percy. Pelo menos ela encontrou o namorado. Reyna não tinha ninguém. Ela estava responsável pela organização de um campo inteiro sozinha.
Annabeth podia sentir que Reyna queria que Jason a amasse. Mas ele tinha desaparecido, apenas para voltar com uma nova namorada. Enquanto isso, Percy havia se tornado pretor, mas ele tinha rejeitado Reyna também. Agora Annabeth veio para levá-lo embora. Reyna ficaria sozinha novamente, assumindo um trabalho de duas pessoas.
Quando Annabeth tinha chegado ao Acampamento Júpiter, ela tinha se preparado para negociar com Reyna ou até mesmo lutar contra ela se necessário. Ela não estava preparada para sentir pena dela. Ela manteve esse sentimento oculto. Reyna não parecia ser alguém que gostaria de receber pena.
Em vez disso, ela disse Reyna sobre sua própria vida. Ela falou sobre seu pai, a madrasta e seus dois meios-irmãos, em San Francisco, e como ela tinha se sentido como uma estranha em sua própria família. Ela falou sobre como ela tinha fugido quando tinha apenas sete anos, encontrando seus amigos Luke e Thalia seguindo o caminho para o Acampamento Meio-Sangue, em Long Island. Ela descreveu o acampamento e seus anos crescendo lá. Ela falou sobre conhecer Percy e as aventuras que eles tiveram juntos.
Reyna era uma boa ouvinte.
Annabeth estava tentado lhe dizer sobre o seu mais recente problema: a briga com a sua mãe, a dádiva da moeda de prata, e os pesadelos que vinha tendo – sobre um antigo medo paralisante e como ela quase decidiu que não poderia ir nessa missão. Mas ela não conseguia se abrir muito.
Quando Annabeth terminou de falar, Reyna olhou por cima Nova Roma. Seus cachorros metálicos cheiraram todo o jardim, tirando as abelhas da madressilva. Finalmente Reyna apontou para o conjunto de templos na distante colina.
"O prédio vermelho pequeno", disse ela, "No lado norte? Esse é o templo da minha mãe, Bellona." Reyna virou para Annabeth. "Ao contrário de sua mãe, Bellona não tem equivalente grego. Ela é totalmente, verdadeiramente romana. Ela é a deusa da proteção da pátria".
Annabeth não disse nada. Ela sabia muito pouco sobre a Deusa romana. Ela desejava que ela ter estudado, mas o inglês nunca havia sido fácil para ela como grego. Lá embaixo, o casco do II Argo brilhava e flutuava sobre o fórum, como um balão de festa enorme de bronze.
"Quando romanos vão para a guerra", Reyna continuou, "Nós primeiro visitamos o Templo de Bellona. Dentro existe um pedaço simbólico de terra que representa o solo inimigo. Jogamos uma lança nesse solo, indicando que agora estamos em guerra. Você vê, os romanos sempre acreditaram que a ofensa é a melhor defesa. Nos tempos antigos, quando os nossos antepassados se sentiam ameaçados por seus vizinhos, eles invadiam para se proteger. "
"Eles conquistaram todos ao seu redor", disse Annabeth. "Carthage, os gauleses"
"E os gregos." Reyna deixou que o comentário ser absorvido. "Meu ponto, Annabeth, é que não é a natureza de Roma a cooperar com os outros poderes. Toda vez que semideuses gregos e romanos reuniram-se, nós lutamos. Os conflitos entre os nossos dois lados começaram algumas das guerras mais horríveis na história dos humanos, especialmente guerras civis”.
"Não tem que ser assim", disse Annabeth. "Nós temos que trabalhar juntos, ou Gaia destruirá todos nós."
"Eu concordo", disse Reyna. "Mas é possível cooperar? E se o plano de Juno for falho? Mesmo deusas podem cometer erros."
Annabeth esperou Reyna ser atingida por um raio ou se transformar em um pavão. Nada aconteceu.
Infelizmente, Annabeth compartilhava as dúvidas de Reyna. Hera cometeu erros. Annabeth não tinha nada, mas o problema era que a deusa era arrogante, e ela nunca perdoaria Hera por afastar Percy dela, mesmo que fosse por uma causa nobre.
"Eu não confio na deusa," Annabeth admitiu. "Mas eu confio em meus amigos. Isso não é um truque, Reyna. Nós podemos trabalhar juntos."
Reyna terminou a xícara de chocolate. Ela colocou o copo sobre a grade varanda e olhou para o vale como se estivesse imaginando linhas de batalha.
"Eu acredito no que você diz", ela disse. "Mas se você vai para as terras antigas, especialmente Roma, há algo que você deve saber sobre sua mãe."
Os ombros de Annabeth ficaram tensos. "Minha - minha mãe?"
"Quando eu morava na ilha de Circe", Reyna disse, "nós tínhamos muitos visitantes. Uma vez, talvez um ano antes de você e Percy chegarem, um jovem apareceu por lá. Ele estava meio louco de sede e calor. Ele ia à beira do mar todo o dia. Suas palavras não faziam muito sentido, mas ele disse que era um filho de Athena."
Reyna fez uma pausa, como se esperasse uma reação. Annabeth não tinha ideia de quem o garoto poderia ter sido. Ela não estava ciente de quaisquer outras crianças Athena que houvessem partido em uma missão no Mar de Monstros, mas ainda sentia uma sensação de pavor. A filtragem da luz através das videiras fez contorcer sombras sobre o chão como um enxame de insetos.
"O que aconteceu com esse semideus?", ela perguntou. 
Reyna acenou com a mão, como se a questão era trivial.
"Circe transformou-o em um animal, claro. Ele se tornou um redor muito louco. Mas antes disso, ele continuou falando a respeito de sua missão que falhou. Ele alegou que ele tinha ido para Roma, seguindo a Marca de Atena".
Annabeth agarrou o corrimão para manter o equilíbrio.
"Sim", disse Reyna, vendo seu desconforto. "Ele continuou resmungando sobre a criança da sabedoria, a Marca de Atena, e a maldição dos gigantes pálido e dourado. As mesmas linhas que Ella acabou de recitar. Mas você disse que você nunca ouviu falar deles antes de hoje – “
"Não, não do jeito Ella recitou." A voz de Annabeth estava fraca. Ela não estava mentindo. Ela nunca tinha ouvido falar daquela profecia, mas sua mãe tinha pedido que ela seguisse a Marca de Atena; e pensou sobre a moeda no seu bolso, e uma terrível suspeita começou a criar raízes em sua mente. Ela se lembrou das palavras contundentes de sua mãe. Ela pensou sobre o estranho pesadelo que tinha tido recentemente. "Esse semideus - Ele explicou a sua missão?”
Reyna sacudiu a cabeça. "Na época, eu não tinha ideia de o que ele estava falando. Muito mais tarde, quando me tornei pretora do Acampamento Júpiter, comecei a suspeitar.”
"O suspeito... o quê?"
"Há uma antiga lenda que os pretores do Acampamento Júpiter passaram ao longo dos séculos. Se ela é verdadeira, pode explicar por que os nossos dois grupos de semideuses nunca foram capazes de trabalhar juntos. Pode ser a causa da nossa animosidade. Até que essa antiga pendência seja finalmente sanada, assim diz a lenda, Romanos e Gregos nunca estarão em paz. E a lenda tem como centro Atena -”.
Um som estridente perfurou o ar. Uma luz brilhou no canto do olho de Annabeth.
Ela virou-se a tempo de ver uma nova cratera explodir no fórum. Um sofá queimado voou pelo ar. Semideuses se espalharam em pânico.
"Gigantes?" Annabeth pegou sua adaga, que, naturalmente, não estava lá. "Eu pensei que o exército deles tivesse sido derrotado!"
"Não são os gigantes." Olhos de Reyna ferviam de raiva. "Você traiu nossa confiança."
"O quê? Não!"
Assim que ela disse isso, o Argo II lançou um segundo tiro. Seu porto balista disparou uma lança enorme envolta em fogo grego, que navegou em linha reta através da cúpula do partido na Câmara e no Senado explodiu lá dentro, iluminando o prédio como uma abóbora de Halloween. Se alguém tinha estado lá ...
"Deuses, não." Uma onda de náusea quase fez os joelhos de Annabeth fraquejarem. "Reyna, não é possível. Nós nunca faríamos isso!"
Os cães de metal correu para o lado sua patroa. Eles rosnara, para Annabeth, mas estavam indecisos, como se relutassem em atacar.
"Você está dizendo a verdade", Reyna julgou. "Talvez você não esteve ciente desta traição, mas alguém tem de pagar."
Lá embaixo, no fórum, o caos foi se espalhando. Multidões entraram empurra-empurra. Brigas irrompendo.
"Derramamento de sangue", disse Reyna.
"Nós temos que parar com isso!"
Annabeth tinha uma sensação horrível que essa poderia ser a última vez Reyna e ela concordariam com a mesma coisa, mas juntas elas correram morro abaixo. Se as armas tivessem sido autorizadas na cidade, os amigos de Annabeth já estariam mortos. Os semideuses romanos no fórum fundiram-se a uma multidão enfurecida. Alguns jogaram mesas, alimentos e rochas no Argo II, mas era inútil, e a maioria das coisas caiu de costas no meio da multidão.
Várias dezenas de romanos tinham cercado Piper e Jason, que estavam tentando acalmá-los sem muita sorte. O charme de Piper era inútil contra tantos gritos de semideuses irritados. A testa de Jason estava sangrando. Seu manto de púrpura tinha sido rasgado em pedaços. Ele continuou implorando, "Eu estou do seu lado!", Mas sua camiseta laranja Acampamento Meio-Sangue não ajudava, assim como o ataque do navio de guerra, disparando lanças de fogo em Nova Roma. Um pousou perto e explodiu uma loja de toga a escombros.
"Brafoneiras de Plutão", Reyna amaldiçoou. "Olha".
Legionários armados foram correndo para o fórum. Duas equipes de artilharia haviam criado catapultas fora da linha Pomeriana e estavam se preparando para disparar contra o Argo II.
"Isso só vai piorar as coisas," disse Annabeth.
"Eu odeio meu trabalho", Reyna rosnou. Ela correu em direção aos legionários, seus cães ao seu lado.
Percy, Annabeth pensou, a analisando do fórum desesperadamente. Onde você está? 
Dois romanos tentaram agarrá-la. Ela abaixou-se por eles, mergulhando na multidão. Como se os romanos com raiva, prédios em chamas, e sofás explodindo não foram suficientemente confuso, centenas de fantasmas roxos corriam através do fórum, passando diretamente através dos corpos dos semideuses e gemendo incoerentemente. Os faunos também aproveitaram o caos. Eles invadiram as mesas de jantar, e pegaram comida, pratos e copos. Um trotou por Annabeth, com os braços cheios de tacos e um abacaxi inteiro entre os dentes.
Uma estátua de Término explodiu, bem na frente de Annabeth. Ele gritou com ela em Latim, sem dúvida chamando-a de mentirosa e um violadora, mas ela empurrou a estátua um pouco mais e continuou correndo.
Finalmente ela viu Percy. Ele e seus amigos Hazel e Frank, estavam de pé no meio de uma fonte com Percy repelindo romanos irritados com rajadas de água.
A toga Percy estava em pedaços, mas ele parecia ileso.
Annabeth o chamou com outra explosão abalando o fórum. Desta vez, o flash de luz foi diretamente para cima. Uma das catapultas romanas tinha disparado, e o Argo II gemeu e inclinou para o lado, chamas borbulhando seu casco banhado de bronze.
Annabeth notou uma figura se agarrando desesperadamente a escada de corda, tentando descer. Foi Octavian, suas vestes vapor e seu rosto preto de fuligem.
Perto da fonte, Percy acertou a multidão romana com mais água. Annabeth correu em direção a ele, abaixando de um punho romano e um prato de sanduíches voando.
"Annabeth!" Percy chamado. "O que -?"
"Eu não sei", ela gritou.
"Eu vou dizer o que", gritou uma voz de cima.
Octavian tinha atingido a parte inferior da escada. "Os gregos dispararam sobre nós! Seu garoto Leo ativou suas armas em Roma!"
O peito de Annabeth cheio de hidrogênio líquido. Ela sentia como se pudesse se quebrar em um milhão de pedaços congelados.
"Você está mentindo", disse ela. "Leo nunca o faria"
"Eu estava lá!" Octavian gritou. "Eu vi com meus próprios olhos!"
O Argo II atacou. Os legionários no campo estavam espalhados com uma de suas catapultas explodida em pedaços. 
"Você vê?" Octavian gritou. "Romanos, matar os invasores!”
Annabeth rosnou em frustração. Não houve tempo para ninguém descobrir a verdade. A equipe do Acampamento Meio-Sangue estava em desvantagem de cem para um, e mesmo se Octavian conseguisse encenar algum tipo de truque (o que ela achava provável), nunca seria capaz de convencer os romanos antes que eles fossem capturados e mortos.
"Temos que sair", disse Percy. "Agora".
Ele balançou a cabeça tristemente. "Hazel, Frank, você tem que fazer uma escolha. Você vem?"
Hazel parecia aterrorizada, mas ela vestiu seu capacete de cavalaria. "É claro que vou. Mas você nunca terá chances contra esse navio, a menos que você consiga algum tempo"
"Como?" Annabeth perguntou.
Hazel assobiou. Instantaneamente um borrão bege passou pelo fórum. Um majestoso cavalo materializou-se ao lado do chafariz. Ele empinou, relinchando e dispersando a multidão.
Hazel subiu em suas costas como se tivesse nascido para montar.
Amarrada a sela do cavalo estava uma espada de cavalaria romana.
Hazel desembainhou sua espada de ouro. "Envie-me uma mensagem de Íris quando estiverem longe e em segurança, e vamos ao seu encontro", disse ela. "Arion, corra!"
O cavalo correu no meio da multidão com uma velocidade incrível, empurrando para trás os romanos e causando pânico em massa.
Annabeth sentiu um vislumbre de esperança. Talvez eles pudessem sair dali vivos. Então, a partir do outro lado do fórum, ela ouviu Jason gritando.
"Romanos", ele gritou. "Por favor!"
Ele e Piper estavam sendo bombardeados com placas e pedras. Jason tentou proteger Piper, mas um tijolo o acertou acima do olho. Ele caiu, e a multidão avançou.
"Para trás!" Piper gritou. Seu charme caiu sobre a multidão, tornando-os hesitantes, mas Annabeth sabia que o efeito não duraria. Percy e ela não poderia alcançá-los a tempo de ajudar.
"Frank", disse Percy, "É com você. Você pode ajudá-los?"
Annabeth não entendia como Frank poderia fazer isso sozinho, mas ele engoliu em seco.
"Oh, deuses", ele murmurou. "Certo, certo. Apenas subam nas cordas. Agora".
Percy e Annabeth correram para a escada. Octavian ainda estava agarrado à ponta, mas Percy puxou-o e jogou-o para a multidão.
Eles começaram a subir com legionários armados invadindo o fórum. Flechas passaram raspando a cabeça de Annabeth. Uma explosão quase a derrubou da escada.
No meio do caminho, ela ouviu um estrondo e olhou para baixo. Romanos gritaram e se espalharam quando um grande dragão surgiu através do fórum - a besta era mais assustadora do que a figura do dragão de bronze no II Argo. Ele tinha a pele cinza e áspera como um dragão de Comodo e asas de couro como as de morcego. Flechas e pedras bateram inofensivamente sobre sua pele conforme ele se arrastava na direção Piper e Jason, agarrando-os com suas garras dianteiras, e saltando para o ar.
"Isso é...?" Annabeth não poderia mesmo colocar o pensamento em palavras.
"Frank," Percy confirmou, a poucos metros acima dela. "Ele tem alguns talentos especiais."
"Eufemismo," Annabeth murmurou. "Continue subindo!"
Sem o dragão e o cavalo de Hazel para distrair os arqueiros, eles nunca teria conseguido subir a escada, mas finalmente subiram passando por uma linha de remos aéreos quebrados para o convés. O cordame estava em chamas. O traquete foi rasgado ao meio, e o navio estava mal alinho a estibordo.
Não havia nenhum sinal de treinador Hedge, mas Leo estava à meia-nau, recarregando a balista com calma. O intestino de Annabeth se torceu com horror.
"Leo", ela gritou. "O que você está fazendo?"
"Destruí-los..." Ele enfrentou Annabeth. Seus olhos estavam vidrados. Seus movimentos eram como os de um robô. "Destruí-los todos."
Ele se voltou para a balista, mas Percy atacou-o.
A cabeça de Leo bateu no deck rígido, e seus olhos viraram-se deixando apenas a parte branca visível.
O dragão cinza elevou-se até tornar-se visível. Deu a volta no navio uma vez e pousou na proa, depositando Jason e Piper, que entraram em colapso.
"Vá!" Percy gritou. "Tire-nos daqui!"
Com um choque, Annabeth percebeu que ele estava falando com ela. 
Ela correu para o leme. Ela cometeu o erro de olhar sobre o trilho e viu fileiras de legionários armados estavam se reunindo no fórum, preparando flechas flamejantes. Hazel estimulou Arion, que correu para fora da cidade com uma multidão correndo atrás deles. Mais catapultas estavam sendo armadas. Ao longo de toda a Linha Pomeriana, as estátuas de Término estavam brilhando em roxo, como se para construir energia para algum tipo de ataque.
Annabeth olhou para os controles. Ela amaldiçoou Leo para torná-los tão complicados. Não há tempo para manobras de complexas, mas ela sabia que um comando básico: para cima.
Ela pegou o acelerador de aviação e puxou-o para trás. O navio gemeu. O arco inclinou-se para cima em um ângulo horrível. As linhas de ancoragem estalaram, e o Argo II se jogou nas nuvens.
Leo desejou inventar uma máquina do tempo. Ele voltaria duas horas antes e iria desfazer o que tinha acontecido. Ou isso, ou ele poderia inventar uma máquina bata-na-cara-do-Leo para punir-se, embora duvidasse que fosse doer tanto quanto o olhar Annabeth estava lhe dando.
"Mais uma vez", disse ela. "Exatamente o que aconteceu?"
Leo caiu contra o mastro. Sua cabeça ainda latejava de bater no convés. Ao seu redor, seu belo navio novo estava em ruínas. As bestas de popa foram transformadas em pilhas de lenha. O traquete foi esfarrapado. A antena do satélite que ligava Internet e TV a bordo foi explodida em pedaços, o que realmente deixou o treinador Hedge louco. A cabeça do seu dragão de bronze, Festus, tossia fumaça como se tivesse uma bola de pelo, e Leo podia dizer a partir dos terríveis gemidos a bombordo que alguns dos remos aéreos haviam sido desalinhados ou partidos completamente, o que explicava por que o navio estremecia e rangia enquanto voava, com o motor chiando como um trem a vapor asmático.
Ele sufocou um soluço. "Eu não sei. É confuso. "
Muitas pessoas estavam olhando para ele: Annabeth (Leo odiava deixa-la com raiva, a menina o assustava), o treinador Hedge com as pernas peludas de bode, com a camisa polo laranja e seu bastão de beisebol (Ele precisava que levar isso por toda a parte?) e, o recém-chegado, Frank.
Leo não tinha certeza do que fazer com Frank. Ele parecia um lutador de sumô bebê, embora Leo não fosse estúpido o suficiente para dizer isso em voz alta. A memória de Leo era nebulosa, mas quando ele havia estado meio inconsciente, ele tinha certeza que tinha visto um dragão pousando no navio-dragão que tinha se transformado em Frank.
Annabeth cruzou os braços. "Quer dizer que você não se lembra?"
"Eu..." Leo sentiu que estava tentando engolir uma bola de gude. "Eu me lembro, mas é como se eu estivesse me vendo fazer as coisas. Eu não podia me controlar."
Treinador Hedge bateu seu bastão contra o convés. Em suas roupas de ginástica, com seu boné puxado sobre os seus chifres, ele parecia exatamente como ele costumava fazer na Escola Wilderness, onde ele passou um ano disfarçado como professor de Educação Física de Jason, Piper e Leo. Da forma como o velho sátiro estava carrancudo, Leo quase se perguntou se o treinador iria pedir a ele para fazer flexões.
"Olha, garoto," Hedge disse, "você explodiu algumas coisas. Você atacou alguns romanos. Ótimo! Excelente! Mas você tinha que destruir a torre dos canais de TV a cabo? Eu estava assistindo a uma luta na gaiola. "
"Treinador," Annabeth disse, "por que você não vai certificar se todos os incêndios foram apagados?"
"Mas eu já fiz isso."
"Faça isso de novo."
O sátiro saiu, murmurando sob sua respiração. Mesmo Hedge não estava louco o suficiente para desafiar Annabeth. Ela ajoelhou-se ao lado de Leo. Seus olhos cinzentos eram como o aço das esferas de rolamentos. Seu cabelo loiro caía solto sobre os ombros, mas Leo não achou atraente. Ele não tinha ideia de onde o estereótipo de loiras burras veio. Desde que conheceu Annabeth no Grand Canyon no inverno passado, quando ela marchou em direção a ele com a expressão de Me dê Percy Jackson ou eu vou te matar, Leo pensou que loiras muito inteligentes eram muito perigosas.
"Leo", disse ela calmamente, "Octavian fez alguma coisa com você, ou-"
"Não." Leo poderia ter mentido e jogado a culpa no Romano estúpido, mas ele não queria fazer uma situação ruim ainda pior. "O cara era um idiota, mas ele não disparou nada sobre o acampamento. Eu fiz."
O novo garoto, Frank, fez uma careta. "De propósito?"
"Não!" Leo fechou os olhos. "Bem, sim ... Quer dizer, eu não queria. Mas, ao mesmo tempo, eu senti como se eu quisesse. Algo estava me obrigando a fazer isso. Houve uma sensação de frio dentro de mim "
"Um sentimento frio." O tom Annabeth mudou. Ela parecia quase... com medo.
"Sim", disse Leo. "Por quê?"
Abaixo do convés principal, Percy chamou, "Annabeth, precisamos de você”
Oh, deuses, pensou Leo. Por favor, deixe Jason ficar bem.
Assim que eles chegaram a bordo, Piper havia levado Jason para baixo. O corte em sua cabeça parecia muito grave. Leo tinha conhecido Jason mais do que qualquer um no Acampamento Meio-Sangue. Eles eram melhores amigos. Se Jason estivesse bem...
"Ele vai ficar bem." A expressão de Annabeth suavizou. "Frank, eu vou estar de volta. Apenas... cuide do Leo. Por favor."
Frank assentiu.
Se fosse possível Leo se sentir pior, ele o fez. Annabeth agora tinha confiado em um semideus romano que tinha conhecido há cerca de três segundos, mais do que ela confiava em Leo.
Depois que ela se foi, Leo e Frank olharam um para o outro. O cara grande parecia muito estranho em sua toga/lençol, com seu moletom cinza e calça jeans, e um arco e uma aljava do arsenal do navio pendurados no ombro. Leo se lembrou da vez que ele havia encontrado as Caçadoras de Ártemis - um monte de meninas bonitas e ágeis em roupas prateadas, todas armadas com arcos. Ele imaginou Frank brincando junto com elas. A ideia era tão ridícula, que quase o fez se sentir melhor.
"Então", disse Frank. "Seu nome não é Sammy?"
Leo fez uma careta. "Que tipo de pergunta é essa?"
"Nada", disse Frank rapidamente. "Eu só... Nada. Sobre o disparo no acampamento... Octavian poderia estar por trás disso, como passe de mágica ou algo assim. Ele não queria que os romanos ficassem junto com vocês."
Leo queria acreditar nisso. Ele era grato a esse garoto por não odiá-lo. Mas ele sabia que não tinha sido Octavian. Leo tinha caminhado para uma balista e começou a disparar. Parte dele sabia que era errado. Ele perguntou a si mesmo: O que diabos estou fazendo? Mas ele tinha feito isso de qualquer maneira.
Talvez ele estivesse ficando louco. O stress de todos esses meses de trabalho no Argo II poderia ter finalmente o feito pirar. Mas ele não podia pensar nisso. Ele precisava fazer algo produtivo. Suas mãos precisavam estar ocupadas.
"Olha", ele disse, "Eu deveria falar com Festus e obter um relatório de danos. Você se impor se...?”
Frank ajudou a se levantar. "Quem é Festus?"
"Meu amigo", disse Leo. "Seu nome não é Sammy, caso você esteja se perguntando. Vamos. Vou apresentá-lo.”
Felizmente, o dragão de bronze não foi danificado. Bem, além do fato de que no inverno passado ele perdera tudo, exceto a cabeça, mas Leo não contava isso. Quando chegaram à proa do navio, a figura virou cento e oitenta graus de olhar para eles. Frank gritou e recuou.
"Está vivo!", Disse.
Leo teria rido se ele não se sentisse tão ruim.
"É. Frank, este é Festus. Ele costumava ser um dragão de bronze completo, mas teve um acidente.”
"Você tem um monte de acidentes", observou Frank.
"Bem, alguns de nós não podem se transformar em dragões, por isso temos de construir o nosso próprio." Leo arqueou as sobrancelhas para Frank. "De qualquer forma, eu o ressuscitei como uma figura de proa. Ele é uma espécie de interface principal do navio agora. Como as coisas estão indo, Festus?"
Festus bufou fumaça e fez uma série de chiado, sons de zumbido. Ao longo dos últimos meses, Leo tinha aprendido a interpretar esta linguagem de máquina. Outros semideuses poderiam compreender latim e grego. Leo podia falar Creak e Squeak.
"Ugh," Leo disse. "Poderia ser pior, mas o casco está comprometido em vários lugares. Os remos porta aéreos têm de ser corrigido antes que possamos ir a toda velocidade novamente. Vamos precisar de alguns materiais de reparação: bronze Celestial, alcatrão, cal "
"O que você precisa de cal?"
"Cara, cal. Carbonato de cálcio, usado no cimento e um monte de outras-Ah, não importa. O ponto é: este navio não vai longe a menos que possamos conserta-lo."
Festus fez outro ruído de clique-ranger que Leo não reconheceu. Parecia AY-zuhl.
"Ah ... Hazel," ele decifrou "Essa é a menina com o cabelo encaracolado, certo?"
Frank engoliu em seco. "Ela está bem?"
"Sim, ela está bem", disse Leo. "De acordo com Festus, seu cavalo está correndo logo abaixo. Ela está nos seguindo."
"Nós temos que aterrissar, então", disse Frank.
Leo estudou-o. "Ela é sua namorada?"
Frank mordeu o lábio. "Sim".
"Você não parece confiante."
"Sim. Sim, definitivamente. Eu tenho certeza."
Leo ergueu as mãos. "Tudo bem, tudo bem. O problema é que só podemos fazer uma aterrissagem. Do jeito como o casco e os remos estão, não vamos ser capazes de levantar de novo, até que seja reparado, por isso vamos ter a certeza de que pousar em algum lugar, com todas as fontes de materiais.”
Frank coçou a cabeça. "Onde você encontra bronze celestial? Você não pode apenas se abastecer no Home Depot.”
"Festus, fazer uma varredura."
"Ele pode procurar bronze celestial?" Frank maravilhado. "Existe alguma coisa que ele não pode fazer?"
Leo pensou: Você deveria ter visto quando ele tinha um corpo. Mas ele não disse isso. Foi muito doloroso, lembrar a forma como Festus costumava ser. Leo olhou por cima do arco do navio. O Central Valley Califórnia estava passando po baixo deles. Leo não tinha muita esperança de que eles pudessem encontrar o que precisavam em um único lugar, mas tinha que tentar. Leo também queria colocar o máximo de distância possível entre ele e Nova Roma. O Argo II poderia cobrir grandes distâncias rapidamente, graças ao seu motor magico, mas o Leo descobriu que os romanos tinham métodos seus próprios métodos de viagem mágica.
Atrás dele, a escada rangeu. Percy e Annabeth subiram, com os rostos sombrios.
O coração de Leo tropeçou. "É Jason?"
"Ele está descansando," Annabeth disse. "Piper o está olhando, mas ele deve estar bem."
Percy deu-lhe um olhar duro. "Annabeth disse que você que disparou?"
"Cara, eu-eu não entendo como isso aconteceu. Eu sinto muito"
"Desculpe?" Percy rosnou.
Annabeth colocou a mão no peito do namorado.
"Nós vamos descobrir isso mais tarde. Agora, temos que nos reagrupar e fazer um plano. Qual é a situação com o navio?"
As pernas de Leo tremiam. A maneira como Percy olhou para ele o fez sentir a mesma sensação de quando Jason convocou relâmpago. A pele de Leo formigava, e todos os seus instintos gritaram Corra! Ele disse a Annabeth sobre os danos e os suprimentos de que precisavam. Pelo menos ele se sentiu melhor falando de algo corrigível. Ele estava lamentando a escassez de bronze Celestial quando Festus começou a chiar e guinchar.
"Perfeito." Leo suspirou de alívio.
"O que é perfeito?" Annabeth disse. "Eu poderia usar alguma coisa perfeita agora."
Leo conseguiu dar um sorriso. "Tudo o que precisamos em um só lugar. Frank, por que você não se transforma em um pássaro ou algo assim? Para voar lá para baixo e dizer para a sua namorada para nos encontrarmos no Great Salt Lake, em Utah."
Uma vez que eles chegaram lá, não foi um pouso bonito. Com os remos danificados e o traquete rasgada, Leo mal conseguia uma descida controlada. Os outros se trancaram nas cabines - exceto para o treinador Hedge, que insistia em se agarrar ao parapeito dianteiro, gritando, "YEAH! Caí dento, lago!" Leo estava na popa, sozinho no comando, e conduziu o melhor que podia. Festus rangia e zumbia sinais de alerta, que foram retransmitidas através do intercomunicador para o tombadilho.
"Eu sei, eu sei," Leo disse, rangendo os dentes.
Ele não teve muito tempo para apreciar a paisagem. Para o sudeste, uma cidade estava aninhada no sopé de uma grande montanha, azul e roxa nas sombras da tarde. A paisagem desértica e plana se espalhava para o sul. Diretamente abaixo deles o Great Salt Lake brilhava como folha de alumínio, o litoral gravado com salinas brancas que lembravam Leo das fotos aéreas de Marte.
"Segure-se, treinador!", Ele gritou. "Isso vai doer."
"Eu nasci para a dor!"
WHOOM! Uma onda de água de sal lavou a proa, encharcando o treinador Hedge. O Argo II inclinou perigosamente a estibordo e, em seguida, endireitou-se, balançando sobre a superfície do lago. As máquinas pararam de zumbir como hélices aéreas, passando para a forma náutica.
Três bancos de remos robóticos mergulharam na água e o barco começou a se mover para frente.
"Bom trabalho, Festus," Leo disse. "Leve-nos para a margem sul."
"Yeah!" Treinador Hedge ergueu os punhos no ar. Ele estava encharcado de seus chifres para cascos, mas sorrindo como um bode louco. "Faça isso de novo!"
"Uh ... talvez mais tarde", disse Leo. "Basta ficar acima do convés, ok? Você pode manter a vigia no caso de, você sabe, o lago decide atacar-nos ou algo assim."
"Pode deixar", prometeu Hedge.
Leo tocou a campainha “Tudo Limpo” e se dirigiu para as escadas. Antes de chegar lá, um alto clump-clump-clump sacudiu o casco. Um garanhão bronzeado apareceu no convés com Hazel Levesque em suas costas.
"Como...?" A pergunta de Leo morreu em sua garganta. "Estamos no meio de um lago! Essa coisa pode voar?"
O cavalo relinchou com raiva.
"Arion não pode voar", disse Hazel. "Mas ele pode correr sobre qualquer coisa. Água, superfícies verticais, pequenas montanhas. Nada disso o incomoda."
"Oh".
Hazel estava olhando para ele estranhamente, do jeito que ela esteve durante a festa no Fórum - como se estivesse procurando por algo em seu rosto Ele foi tentado a perguntar se eles tinham se visto antes, mas ele tinha certeza de que eles não tinham. Ele se lembraria de uma garota bonita prestando atenção nele. Isso não acontece muito. Ela é a namorada de Frank, ele lembrou a si mesmo.
Frank ainda estava lá embaixo, mas Leo quase desejou que grandalhão subisse as escadas. A maneira como Hazel estava estudando Leo fez sentir-se desconfortável e autoconsciente. Treinador Hedge rastejou para frente com seu taco de beisebol, olhando o cavalo mágico desconfiado. "Valdez, isso conta como uma invasão?"
"Não!" Leo disse. "Hum, Hazel, é melhor você vir comigo. Eu construí um estabulo abaixo do convés, se Arion quiser..."
"Ele é mais um espírito livre." Hazel escorregou para fora da sela. "Ele vai pastar em torno do lago, até que eu o chame. Mas eu quero ver o navio. Você na frente."
O Argo II foi concebido como uma trirreme antiga, só que duas vezes maior. O primeiro pavimento tinha um corredor central com as cabines da tripulação de cada lado. Em um trirreme normal, a maior parte do espaço já teria sido tomada com três fileiras de bancos para algumas centenas de caras suados fazerem o trabalho manual, mas os remos de Leo foram automatizados e tornados retráteis, de modo que levou muito pouco espaço no interior do casco. O poder do navio veio da sala de motor no segundo, e menor, pavimento que também abrigava enfermaria, armazenamento e os estábulos.
Leo abriu o caminho para o corredor. Ele construiu o navio com oito cabines - sete para os semideuses da profecia, e uma para o treinador Hedge (Sério - Quíron considerou-o um acompanhante adulto responsável?).
Na popa havia um salão grande e bagunçado, que era onde Leo dirigia.
No caminho, eles passaram quarto de Jason. A porta estava aberta. Piper estava sentada ao lado de seu leito, segurando a mão de Jason enquanto ele roncava com uma bolsa de gelo na cabeça.
Piper olhou para Leo. Ela segurava um dedo aos lábios pedindo silêncio, mas não parecia zangada. Isso já era algo. Leo tentou abrandar a sua culpa, e continuou andando. Quando chegaram ao refeitório, eles encontraram os outros - Percy, Annabeth e Frank - sentados desanimados ao redor da mesa de jantar.
Leo fez o salão tão agradável quanto possível, já que ele imaginou que ia passar muito tempo lá. O armário estava arrumado com copos e pratos mágicos do Acampamento Meio-Sangue, que se enchiam com qualquer comida ou bebida que você queria. Havia também uma caixa de gelo mágico com bebidas em lata, perfeito para piqueniques em terra. As cadeiras eram poltronas reclináveis confortáveis com mil dedos de massagem, construído com fones de ouvido, espada e porta-copos, para atender todas as necessidades dos semideuses. Não havia janelas, mas as paredes foram encantadas para mostrar em tempo real imagens do Acampamento Meio-Sangue – a praia, a floresta, os campos de morango - embora agora Leo quisesse saber se isso fazia as pessoas ficarem com saudades de casa, ao em vez de felizes.
Percy estava olhando ansiosamente para uma visão do pôr do sol da Colina Meio-Sangue, onde o Velocino de Ouro brilhavam nos galhos do grande pinheiro.
"Então, nós aterrissamos," Percy disse. "E agora?"
Frank arrancou em sua corda. "Descobrir a profecia? Quero dizer... Foi uma profecia Ella falou certo? A partir dos livros Sibilinos? "
"O que?" Leo perguntou.
Frank explicou como sua amiga harpia era assustadoramente boa em memorizar livros. Em algum momento no passado, ela decorou uma coleção de antigas profecias que teriam sido destruídas na época da queda de Roma.
"É por isso que você não disse isso aos romanos," Leo adivinhou. "Você não quer que eles se apossem dela."
Percy ficou olhando para a imagem da Colina Meio-Sangue.
"Ella é sensível. Ela era uma prisioneira quando a encontramos. Eu só não quero..." Ele cerrou o punho... “Isso não importa agora. Enviei a Tyson uma mensagem de Íris, dizendo-lhe para levar Ella para o Acampamento Meio-Sangue. Eles estarão seguros lá."
Leo duvidava que qualquer um deles estivesse seguro, agora que ele havia deixado um acampamento de Romanos com raiva, além dos problemas que eles já tinham com Gaia e os gigantes, mas ele se manteve em silêncio.
Annabeth entrelaçou os dedos. "Deixe-me pensar sobre a profecia - mas agora temos problemas mais imediatos. Temos que concertar esse barco. Leo, o que precisamos?”
"A coisa mais fácil é o alcatrão." Leo estava feliz em mudar de assunto. "Podemos conseguir isso na cidade, em uma loja de materiais para telhado ou em algum lugar assim. Além disso, bronze celestial e cal. De acordo com Festus, podemos encontrar as duas coisas em uma ilha no lago, a oeste daqui.”
"Nós temos que nos apressar," Hazel advertiu. "Se eu conheço Octavian, ele está nos procurando com seus augúrios. Os romanos irá enviar uma força de ataque atrás de nós. É uma questão de honra.”
Leo sentiu os olhos de todos sobre ele. "Gente... eu não sei o que aconteceu. Honestamente, eu –“
Annabeth levantou a mão. "Nós já falamos sobre isso. E concordamos que não poderia ter sido você, Leo. Essa sensação de frio que você mencionou... Eu senti isso também. Deve ter sido algum tipo de magia, tanto Octavian como Gaia ou um de seus lacaios. Mas até que nos descubramos o que aconteceu..."
Frank resmungou. "Como podemos ter certeza que não vai acontecer de novo?"
Os dedos de Leo se aqueceram como se estivessem prestes a pegar fogo. Um de seus poderes como um filho de Hefesto era que ele poderia convocar chamas à vontade, mas ele tinha que ter cuidado para não fazê-lo por acidente, especialmente em um navio cheio de explosivos e materiais inflamáveis.
"Eu estou bem agora", insistiu ele, embora gostaria de ter certeza. "Talvez devêssemos usar o sistema de parceiragem. Ninguém vai a lugar nenhum sozinho. Podemos deixar Piper e Treinador Hedge a bordo com Jason. Enviar uma equipe para a cidade para obter alcatrão. Outra equipe pode ir atrás do bronze e do cal.” 
“Dividir-se?" Percy disse. "Isso soa como uma ideia muito ruim."
"Vai ser mais rápido," Hazel entrou na conversa "Além disso, há uma razão para uma busca normalmente ser limitado a três semideuses, certo?"
Annabeth levantou as sobrancelhas, como se reavaliasse os méritos de Hazel. "Você está certa. Precisamos fazer isso no Argo II... fora do acampamento, sete semideuses em um único local vai atrair muita atenção dos monstros. O navio é projetado para nos esconder e nos proteger. Devemos estar seguros o suficiente a bordo, mas se formos em expedições, não devemos viajar em grupos maiores do que três. Não faz sentido alertar mais ajudantes de Gaia do que nos já fizemos. "
Percy ainda não parecia feliz com isso, mas ele pegou a mão de Annabeth. "Enquanto você for a minha companheira, eu estou bem."
Hazel sorriu. "Ah, isso é fácil. Frank, você foi incrível, transformando-se em um dragão! Você poderia fazê-lo novamente para levar Annabeth e Percy na cidade buscar o alcatrão?”
Frank abriu a boca como se quisesse protestar.
"Eu ... eu acho. Mas e você? "
"Eu vou montar Arion com As - Leo, aqui." Ela mexeu com punho de sua espada, o que fez Leo ficar desconfortável.
Ela tinha uma energia ainda mais nervosa do que ele. "Nós vamos pegar o bronze e o cal. Todos nós podemos encontrar aqui ao anoitecer."
Frank fez uma careta. Obviamente, ele não gosta da ideia de Leo saindo com Hazel. Por alguma razão, a desaprovação de Frank fez Leo querer ir. Ele teria que provar que era confiável. Ele não iria disparar qualquer bala aleatoriamente outra vez.
"Leo", disse Annabeth, "se estivermos com o material, quanto tempo para consertar o navio?"
"Com sorte, apenas algumas horas."
"Tudo bem," ela decidiu. "Nós vamos encontrá-lo de volta aqui, logo que possível, mas ficaremos em segurança. Nós podemos usar um pouco da boa sorte. Isso não significa que nós vamos conseguir."

segunda-feira, 11 de junho de 2012

A Little Piece Of Dream.


"Eu sei que estava postando uma outra fic mas achei essa de Sadie e Anúbis, então, resolvi postar.Esta é uma fic de  Luiza ou mais conhecida no Fanfictions.com.br como Alessia Pluto"
Estava deitado em sua cama, pensando na vida, mas não conseguia tirá-la da cabeça.
Ela era mais viciante do que qualquer coisa que já provara. Era pior que flores de Lótus.
Era linda. Com cabelos loiros ondulados com mechas coloridas, se lembrou de como seus olhos eram azuis, um azul do tom do céu. Ela era um pontinho vermelho na escuridão de seu peito. Ele precisava dela urgentemente, de seu afeto.
Suspirou em saudade de sua amada, que nem depois de 4 anos, voltou a falar com ele.
Sadie Kane era seu nome, a filha de Osíris. Iria completar 16 anos no dia seguinte.
Fechou os olhos e tentou afastar esses pensamentos mais uma vez, mas sabia que iria falhar, era sempre assim.
Ela era uma substância extremamente viciante.
Levantou-se da cama e caminhou até o toalete, onde iria banhar-se.
Despiu-se e se encarou no espelho.
Tinha cabelos negros compridos, orelhas salientes, como as de um chacal, seus olhos eram como chocolate, e estava em forma.
Como Sadie não se declarou desde que me viu? – perguntou-se mentalmente, com um suspiro pesado.
Entrou no chuveiro, deixando que a água caísse sob sua pele pálida.
Depois de alguns minutos no chuveiro, enrolou uma toalha na cintura e saiu pelo quarto em busca de roupas.
Vestiu a mesma coisa de sempre, calça, camiseta regata, jaqueta e coturnos.
Passou a mão pelo cabelo e decidiu ir falar com Osíris.
Caminhou pelo corredor do castelo de Osíris, onde costumava ficar quando estava deprimido à beira da insanidade.
Entrou na sala dos tronos, onde estava Osíris e sua mulher, Ruby.
Aproximou-se e curvou-se para Ruby Kane. Esta sorriu de agrado e balançou a cabeça como se não precisasse desse gesto para reis e rainhas.
– Senhor Osíris. – curvou-se com respeito – Desejo fazer uma pequena visita à sua filha, pois o aniversário dela será amanhã. Peço sua permissão. – ele disse.
Osíris olhou para o deus dos funerais, seu fiel companheiro imortal, que sempre cumpria as suas ordens, mas que andava bastante deprimido nesses anos.
– Aproveite e leve isto para Sadie, meu filho. – Osíris lhe entregou um pacote azul com uma fita roxa púrpura. – Permissão concedida. – ele sorriu, ao ver os olhos de Anúbis brilharem de entusiasmo depois de tanto tempo.
– Eternamente grato, senhor Osíris. Com licença. – o deus da morte saiu da sala dos tronos, passando pelo corredor, e assim chegando à seu quarto.
Como vou ir para o mundo mortal se apenas consigo me manifestar em locais de morte ou luto? – perguntou-se aflito.
O deus dos julgamentos então, entrou no quarto de Anúbis e olhou para ele, respondendo sua pergunta.
– Vou tornar sua magia mais forte, filho. E sua forma agora poderá ser fisicamente real. Aproveite. – sorriu o deus azul.
Anúbis assentiu e apareceu perto da Mansão do Brooklyn, teletransportando-se.
– Magia contra deuses? Mas que diabos...? – esbravejou
Sadie, em seu quarto, ouviu tal esclarecimento e então olhou pela janela.
Seu coração falhou uma batida, duas batidas. Parecia que alguém tinha dado um soco em seu estômago, injetado gelo em suas veias.
Era Anúbis, o deus da morte e dos funerais, o deus por quem apaixonou-se.
Ele viu se sentiu incomodado, alguém estava encarando-o.
Olhou para a mansão, e viu quem procurava.
Um sorriso se brotou em seus lábios e seus olhos faiscaram de felicidade.
– Eu permito sua entrada. – murmurou Sadie.
A casa parou de lutar contra a magia do deus, permitindo sua entrada.
Anúbis entrou na casa, que estava vazia.
– Sadie? Está ai? – perguntou com certo pesar.
Então, algo pulou em suas costas, prendendo seus braços sob seu pescoço.
– Estou bem aqui. – sussurrou em seu ouvido.
– Senti sua falta. – admitiu, logo depois franziu o cenho. – Porquê não me convocou, ou algo do tipo?
– Porquê não chamou meu ba? – indagou Sadie.
Suspirou, derrotado.
Esta saiu de suas costas e ele virou-se para ela, com um grande sorriso, e aproximou seus rostos.
Beijou ela com ternura e adoração, até que eles se separaram, ele estava olhando para uma Sadie confusa e admirada.
– Feliz aniversário. – sorriu, entregando o pacote que Osíris pediu para dar – Você merece.
Ela ainda estava atônita com a situação, hesitou um momento, mas pegou a caixa, abrindo-a, e tirando de lá um cordão magnífico.
Era a cabeça de um chacal.
Ela voltou seu olhar à Anúbis e então agradeceu, selando os seus lábios nos dele, com paixão.
Carregou-a para cima e deu o seu presente de aniversário à ela, que depois de muito tempo, se sentiu preenchido mais uma vez.
FIM.